A Stellantis registou um prejuízo líquido de 2.256 milhões de euros no primeiro semestre de 2025, um forte contraste com o lucro de 5.647 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. O grupo estima que o impacto líquido das tarifas para o ano de 2025 ascenda a 1,5 mil milhões de euros, dos quais 300 milhões foram contabilizados neste primeiro semestre. A faturação na América do Norte, uma região crucial para a empresa, caiu 26%, em grande parte devido à redução da produção de veículos e componentes importados por causa das tarifas. O novo CEO, Antonio Filosa, reconheceu que 2025 será um ano “difícil”, mas espera “uma melhoria gradual”. Da mesma forma, o Grupo Volkswagen viu o seu lucro líquido atribuível cair 36,6% no primeiro semestre, para 4.005 milhões de euros. A empresa atribuiu este desempenho não só aos custos de reestruturação, mas também ao impacto da política protecionista de Donald Trump, que já custou à Volkswagen cerca de 1.300 milhões de euros. Consequentemente, o grupo reviu em baixa as suas previsões de rentabilidade e faturação para o ano, apontando ainda para os maus resultados da Audi e da Porsche, também afetadas pelo contexto tarifário.
