A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) acolheu o desfecho com “relativo alívio”, afirmando que se evitou uma “agudização incontrolável de retaliações e contra-retaliações, com consequências desastrosas”. No entanto, o seu diretor-geral, Rafael Alves Rocha, admitiu que o impacto de 15% “será obviamente muito negativo”. A Associação Empresarial de Portugal (AEP) manifestou uma posição semelhante, sublinhando que, embora o acordo traga estabilidade, está “longe de ser o desejável”, uma vez que a tarifa é superior à concedida ao Reino Unido. Luís Miguel Ribeiro, presidente da AEP, alertou para os desafios à competitividade das exportações portuguesas, tanto de forma direta como indireta, através da deterioração das exportações de outros parceiros europeus para os EUA. Setores como a metalomecânica, o calçado e os vinhos, fortemente expostos ao mercado norte-americano, consideraram a taxa de 15% “gerível” quando comparada com a ameaça de 30%. Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, expressou a esperança de que o vinho ainda possa ser isento, alertando que uma taxa de 15% pode levar a um aumento superior a 20% no preço final ao consumidor e a uma perda de mercado que poderá ser “irreversível”.
