Entre os produtos que beneficiarão de uma tarifa zero recíproca estão setores-chave para a economia europeia. A lista inclui aviões e componentes de aviação, alguns produtos químicos, medicamentos genéricos, equipamento para a produção de semicondutores, produtos agrícolas específicos, recursos naturais e matérias-primas essenciais. O comissário do Comércio, Maros Sefcovic, assegurou que a lista de exceções ainda pode ser ampliada. Esta isenção é particularmente relevante para a indústria farmacêutica, que representa a maior fatia das exportações da UE para os EUA, totalizando 78 mil milhões de euros em 2024. No entanto, a situação neste setor permanece incerta, pois aguarda-se o resultado de uma investigação norte-americana sobre se estes produtos representam uma ameaça à segurança nacional. Em contrapartida, a UE comprometeu-se a comprar 750 mil milhões de dólares em combustíveis fósseis dos EUA (gás natural liquefeito, petróleo e materiais nucleares) ao longo de três anos, e a investir um adicional de 600 mil milhões de euros no país. Fontes europeias minimizaram este compromisso, descrevendo-o mais como uma “intenção” do que um “pacto vinculativo”, uma interpretação que poderá gerar futuras tensões se não for partilhada por Washington.
