Na segunda-feira, após o anúncio, os mercados abriram em alta, com o índice Stoxx Europe 600 a atingir um máximo de quatro meses. Contudo, a tendência inverteu-se ao longo do dia. O setor automóvel foi um dos mais penalizados, com construtores como BMW, Volkswagen e Mercedes-Benz a registarem perdas superiores a 3%, refletindo os avisos de associações industriais sobre a perda de competitividade. O índice alemão DAX, com forte exposição a este setor, cedeu mais de 1%. Em Portugal, o PSI recuou 0,44%, pressionado por cotadas como a REN e a Jerónimo Martins. Em Wall Street, a reação foi mista, com os investidores a digerirem o acordo enquanto aguardavam desenvolvimentos nas negociações comerciais com a China. O euro também sentiu o impacto, desvalorizando mais de 1% face ao dólar, para 1,16 dólares, com os receios de que o acordo prejudique o crescimento da economia da zona euro. Analistas do Goldman Sachs, no entanto, reviram em alta as projeções para a economia da área do euro, prevendo um avanço de 1,1% este ano, considerando que o impacto das tarifas será menor do que o inicialmente calculado, graças a uma economia europeia “mais resistente do que o antecipado”.
