Num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudou o empenho da Comissão Europeia e sublinhou que, apesar do acordo, “nada substitui a liberdade de comércio”. O executivo reafirmou o compromisso de Portugal em defender a “progressiva redução e eliminação de direitos aduaneiros” e prometeu “total cooperação do Governo português para mitigar efeitos negativos e facilitar o acesso a novos mercados”. Para responder ao impacto das tarifas, o Governo já tinha aprovado em abril o Programa Reforçar, que inclui várias medidas de apoio. Segundo o Ministério da Economia e da Coesão Territorial, no âmbito das linhas BPF INVEST EU, já foram recebidas 14 mil candidaturas, totalizando 3,2 mil milhões de euros, dos quais 1,6 mil milhões já foram pagos. Adicionalmente, foi lançada uma linha específica para PME exportadoras, com 2.600 candidaturas no valor de 1.300 milhões de euros. O Governo anunciou ainda a antecipação do calendário de avisos para ações coletivas de internacionalização, com abertura a 31 de julho, e o lançamento de uma linha de subvenções não reembolsáveis no âmbito do PT2030. O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, considerou o acordo “o possível” e instou o Governo a estimar rapidamente os seus impactos na economia portuguesa.
