O acordo comercial, anunciado a 27 de julho após negociações entre Ursula von der Leyen e Donald Trump, fixa uma tarifa de 15% sobre a generalidade das exportações da UE, incluindo automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores. Em contrapartida, a UE comprometeu-se a realizar compras massivas de energia norte-americana no valor de 750 mil milhões de dólares, a investir 600 mil milhões de dólares adicionais nos EUA e a aumentar as aquisições de material militar. O acordo prevê isenções para certos produtos estratégicos, como componentes aeroespaciais, mas os detalhes sobre o aço e o alumínio permanecem por clarificar. As reações ao acordo foram díspares. A Comissão Europeia admitiu que "não é o resultado perfeito", mas a presidente Ursula von der Leyen defendeu que "traz estabilidade e previsibilidade". O governo português, pela voz do ministro Paulo Rangel, considerou o acordo "muito exigente para a Europa". Em França, a visão foi mais crítica, com o primeiro-ministro François Bayrou a classificar o sucedido como um "dia sombrio" em que a Europa "se resigna à submissão". As confederações empresariais portuguesas, como a CIP, expressaram um "relativo alívio", afirmando que "quando se espera um furacão, fica-se feliz com uma simples tempestade", embora a AEP considere o pacto "longe do desejável". O impacto económico já se faz sentir. Vários construtores automóveis, como a Stellantis, a Mercedes-Benz e a Audi, reportaram quebras nos lucros, atribuindo-as diretamente às novas tarifas. A indústria de componentes (AFIA) teme que os seus produtos enfrentem taxas mais elevadas. Setores como o do vinho do Douro e da azeitona preta espanhola manifestaram grande apreensão com a perda de competitividade. A indústria farmacêutica portuguesa (Apifarma) alertou que as tarifas "perturbarão as cadeias de abastecimento". Em sentido contrário, o FMI reviu em alta as suas previsões de crescimento para a economia mundial, justificando a decisão com a redução da incerteza comercial.
Acordo Comercial UE-EUA e o Impacto das Novas Tarifas de 15%
A União Europeia e os Estados Unidos alcançaram um acordo comercial que estabelece uma tarifa aduaneira de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, evitando uma escalada para uma guerra comercial com taxas de 30%. O entendimento, embora traga previsibilidade, gera reações mistas e levanta preocupações sobre o impacto em setores-chave da economia europeia e portuguesa.



Artigos
46Economia
Ver mais
As emissões do transporte marítimo da UE atingiram em 2024 o nível mais alto desde que há registos, segundo a T&E. A MSC mantém-se como a maior poluidora, sustenta a organização ambientalista. The post Emissões do shipping europeu em máximos first appeared on Transportes & Negócios.

Sempre que leio ou ouço alguém propor continuidade de negócio como vantagem competitiva, interrogo-me: não será mais uma questão de sobrevivência? E, num mundo cada vez mais global, conectado e interdependente não apenas da nossa sobrevivência, mas de todos os que de alguma forma, direta ou indireta, dependem de nós.

O passado, o presente e, principalmente, o futuro estiveram em destaque na 1.ª Gala – AJAP Portugal Winners, a que o Expresso se associou como media partner. Foram entregues prémios a duas jovens promessas da agricultura nacional e prestada homenagem ao antigo presidente da República e primeiro-ministro, Cavaco Silva

O Ministério da Agricultura vai recorrer à inteligência artificial (IA) no combate a pragas e doenças que afetam animais e plantas. O projeto, denominado “OHVeNet – One Health Vector Network”, é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e representa um investimento total de 10 milhões de euros.







