O acordo, que entra em vigor a 1 de agosto, foi recebido pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, como um desenvolvimento que traz "previsibilidade e estabilidade", elementos "vitais para as empresas portuguesas e a economia". Contudo, para as empresas nacionais, o impacto será direto.
A indústria farmacêutica, que exportou mais de 1,2 mil milhões de euros para os EUA no ano passado, enfrentará uma tarifa dez pontos percentuais acima da média anterior. O setor têxtil, que representa mais de 8% das vendas para os EUA, também sentirá fortes efeitos, com o agravante de muitas empresas dependerem quase exclusivamente do mercado norte-americano. Os vitivinicultores, que enviam uma em cada dez garrafas para os EUA, manifestam igualmente "fortes sinais de preocupação", temendo uma enorme perda de competitividade.
A indústria de componentes automóveis, embora não seja diretamente afetada, poderá sofrer efeitos colaterais devastadores se as vendas de marcas europeias como Mercedes ou BMW diminuírem nos EUA.
A Região Norte, onde se concentram muitas destas indústrias, está particularmente exposta.
Para mitigar os impactos, o governo ativou o programa "Reforçar", que já recebeu mais de 16.500 candidaturas de empresas.