As medidas, justificadas por razões políticas e comerciais, afetam setores estratégicos e geram forte apreensão nos dois países.
A tarifa sobre o Brasil, que representa uma taxa adicional de 40%, foi justificada pela Casa Branca como uma resposta a "políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional", incluindo a acusação de golpe de Estado a Jair Bolsonaro.
No entanto, o decreto contém isenções importantes para setores como a aviação, beneficiando a Embraer, o sumo de laranja e certos minerais, dos quais a economia norte-americana é dependente.
O governo de Lula da Silva aguarda uma negociação com Trump, mas já tem um plano de contingência preparado. No caso da Índia, a tarifa de 25% foi justificada por Donald Trump com a compra de equipamento militar e petróleo à Rússia por parte de Nova Deli. A medida ameaça complicar a estratégia de produção de gigantes tecnológicas como Apple, Google e Samsung, que tinham transferido parte do seu fabrico para o país asiático.
O governo indiano afirmou que "tomou nota" do anúncio e está a analisar as suas implicações.
Estas ações demonstram a utilização da política comercial como uma ferramenta de pressão geopolítica por parte da administração norte-americana.