Analistas consideram o valor irrealista e a organização ambientalista ZERO denuncia que a aposta em combustíveis fósseis e energia nuclear compromete as metas climáticas da Europa.
O acordo prevê que a UE aumente significativamente as suas compras de gás natural liquefeito (GNL), petróleo e produtos de energia nuclear dos EUA, com o objetivo declarado de diversificar as fontes de abastecimento e substituir a dependência russa. No entanto, analistas como Simone Tagliapietra, do think tank Bruegel, consideram "pouco provável" que este volume seja alcançado, tanto por razões de oferta como de procura, uma vez que a Comissão Europeia não controla as decisões de compra das empresas privadas de energia. A organização não governamental de ambiente ZERO foi mais longe, afirmando que o acordo "vem aumentar a dependência dos combustíveis fósseis (importados), pôr em perigo os objetivos de descarbonização e dar um sinal contrário à sociedade e aos mercados". A ZERO apela ao Parlamento Europeu e aos Estados-Membros para que rejeitem os elementos do acordo que prejudiquem os objetivos climáticos.
O pacto é visto por alguns como uma concessão geopolítica para evitar tarifas mais elevadas, mas com um custo ambiental e de soberania energética potencialmente elevado para a Europa.