A instabilidade tem levado os investidores a procurar ativos de refúgio, como o ouro, cujo preço tem subido à medida que se aproxima o prazo de 1 de agosto. A aproximação da data limite para a imposição de tarifas por parte dos EUA a países que ainda não chegaram a acordo está a impulsionar a procura por ativos seguros.
O preço do ouro recuperou terreno após ter atingido o valor mais baixo do último mês, regressando a valores acima dos 3.300 dólares por onça. Segundo Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades Europe, "quanto mais ordens executivas forem assinadas pelo presidente Donald Trump impondo tarifas a outros países, maior será a pressão ascendente sobre o preço do ouro".
Embora o Fundo Monetário Internacional (FMI) tenha melhorado as suas previsões de crescimento global, em parte devido a um cenário de tarifas menos severo do que o antecipado em abril, a instituição alerta que a "elevada incerteza" pode pesar na atividade económica se não forem alcançados "acordos substanciais e permanentes". Esta volatilidade reflete-se no comportamento dos mercados, que, apesar de alguns momentos de otimismo com os acordos alcançados, permanecem cautelosos perante a imprevisibilidade da política comercial norte-americana.