O acordo, selado entre o presidente norte-americano e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, é visto por alguns como um "mal menor", pois proporciona previsibilidade aos negócios.
O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, saudou o limite de 15% por reforçar a "estabilidade para as empresas, bem como a confiança na economia transatlântica". No entanto, o impacto financeiro é considerável, com uma análise do "El País" a estimar um rombo de dez mil milhões de euros nos lucros de grandes empresas como a General Motors, Stellantis e Apple.
O acordo prevê isenções para setores estratégicos como semicondutores, componentes aeroespaciais e certos produtos farmacêuticos.
Em contrapartida, a UE comprometeu-se a comprar 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana e a realizar investimentos adicionais. A Comissão Europeia preparou um pacote de retaliação de 93 mil milhões de euros, que será suspenso caso os EUA cumpram o acordado.
A notícia penalizou o euro, que caminhava para a sua pior semana face ao dólar desde 2022.
Em Portugal, o Governo anunciou que se irá reunir com os principais setores exportadores para avaliar as medidas a adotar.