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Economia August 2, 2025

Setor Vitivinícola Português Teme Perdas de 20% no Mercado dos EUA com Tarifas de 15%

A imposição de uma tarifa de 15% sobre os vinhos europeus pelos Estados Unidos, a partir de 1 de agosto, gera grande apreensão no setor vitivinícola português. Representantes da indústria alertam que esta taxa poderá levar a uma quebra superior a 20% nas vendas para o mercado norte-americano, que em 2024 representou mais de 100 milhões de euros em exportações para Portugal. Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, embora reconheça que o acordo traz "previsibilidade" após meses de incerteza, afirma que "os 15% [de tarifa] não são bons" e colocam o vinho português em desvantagem competitiva face a concorrentes como Austrália e China, que pagam taxas de 10%. Paulo Amorim, presidente da ANCEVE, classifica o acordo como "péssimo" e um "erro estratégico" da Europa, que ficou numa "posição muito menorizada". Por outro lado, Bernardo Gouvêa, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), sugere que, apesar da quebra na procura, "há espaço para os vinhos portugueses, mesmo assim, aumentarem os preços e continuarem competitivos", dado o seu posicionamento de preço baixo no mercado americano.

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A Sogrape, uma das maiores exportadoras, admite que a medida representa um "desafio significativo" e que, a curto prazo, poderá traduzir-se numa "retração da procura".

ai briefingEm resumo
A nova tarifa de 15% dos EUA ameaça a competitividade do vinho português, com previsões de quebras significativas nas exportações para um mercado estratégico. O setor debate-se agora entre absorver os custos, aumentar preços ou esperar por uma eventual isenção nas negociações em curso.

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