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Economia August 3, 2025

EUA e UE Chegam a Acordo para Tarifa Geral de 15%

A União Europeia e os Estados Unidos alcançaram um acordo comercial que estabelece uma tarifa geral de 15% sobre a maioria dos produtos europeus, pondo fim a um período de incerteza, mas gerando preocupações sobre o seu impacto económico.

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A medida, negociada entre a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente norte-americano, Donald Trump, evita a imposição de taxas mais gravosas que chegavam aos 30%.

O acordo, embora visto por alguns líderes europeus como um "mal menor", representa uma cedência significativa por parte de Bruxelas e impõe novas condições ao comércio transatlântico. A tarifa de 15% sobre a generalidade dos bens europeus exportados para os EUA entrou em vigor a 1 de agosto, com o comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, a saudar a medida como um reforço da "estabilidade para as empresas, bem como a confiança na economia transatlântica".

No entanto, a reação dos mercados foi negativa, com o euro a caminhar para a sua "pior semana face ao dólar desde 2022".

O pacto inclui ainda o compromisso da UE em adquirir 750 mil milhões de dólares em energia norte-americana e aumentar as compras de material militar, condições que especialistas consideram "irrealistas" e que a Comissão Europeia esclarece que dependem de decisões comerciais das empresas, atuando apenas como "facilitador".

Setores estratégicos como semicondutores, componentes aeroespaciais e certos produtos farmacêuticos foram isentos, mas as tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio mantêm-se.

Perante este cenário, a UE mantém em prontidão um pacote de retaliação de 93 mil milhões de euros, aguardando a implementação total do acordo por parte de Washington. A antiga comissária Elisa Ferreira admitiu que o acordo "foi o mal menor", sublinhando que é "ganhar tempo e espaço de diálogo".

ai briefingEm resumo
O acordo estabelece um quadro de maior previsibilidade para as empresas, mas impõe um custo significativo às exportações europeias e obriga a compromissos de compra de energia e material militar aos EUA. A manutenção de tarifas sobre o aço e a prontidão de medidas de retaliação por parte da UE demonstram que as tensões comerciais persistem.

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