A instabilidade gerou quedas generalizadas nas bolsas e levou os administradores financeiros em Portugal e na Europa a adotarem uma postura mais pessimista.
Os mercados financeiros reagiram negativamente à nova ofensiva protecionista.
A bolsa de Nova Iorque encerrou em "forte baixa" após o anúncio dos números do emprego e do agravamento das taxas, com o Dow Jones a perder 1,23% e o Nasdaq a cair 2,24%.
As praças europeias seguiram a mesma tendência, com perdas a aproximarem-se dos 2%.
O pessimismo alastrou-se ao setor empresarial, como revela o CFO Survey da Deloitte.
Em Portugal, 44% dos diretores financeiros manifestaram uma visão mais cautelosa, quase o dobro dos 23% registados no outono anterior.
Nélson Fontainhas, da Deloitte, atribui este pessimismo ao facto de as "cadeias de abastecimento poderem vir a ser novamente perturbadas por políticas de tarifas alfandegárias". A instabilidade levou também ao enfraquecimento do euro e a um aumento da procura por ativos de refúgio, como o ouro. Em resposta à degradação dos dados do emprego, Donald Trump demitiu a diretora do Gabinete de Estatísticas Laborais, acusando-a de manipulação de dados, o que aumentou ainda mais a incerteza política e económica.