Enquanto alguns países conseguiram negociar taxas reduzidas, outros enfrentaram tarifas elevadas justificadas por razões políticas e económicas.
Taiwan enfrenta uma tarifa "provisória" de 20% sobre os seus produtos, uma taxa superior à de concorrentes regionais como o Japão e a Coreia do Sul (ambos com 15%). O líder taiwanês, William Lai, afirmou que o governo "continuará a esforçar-se para alcançar uma tarifa razoável", explicando que a taxa atual se deve ao facto de as negociações ainda não estarem concluídas.
O Brasil foi um dos países mais penalizados, com a oficialização de tarifas de 50% sobre os seus produtos. A Casa Branca justificou a medida como uma resposta a "políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional", numa alusão ao processo de acusação de golpe de Estado a Jair Bolsonaro. A Índia também foi alvo de uma taxa de 25%, à qual se somam penalizações pela compra de petróleo e armas à Rússia. Donald Trump acusou Nova Deli de ter "as barreiras comerciais não-monetárias mais cansativas e detestáveis do mundo", apesar de se referir ao país como um "aliado". Estes acordos e imposições unilaterais fazem parte de uma reconfiguração mais ampla do comércio mundial impulsionada pelos EUA.