As reações do setor dividem-se entre o pessimismo e um otimismo cauteloso.
Frederico Falcão, presidente da ViniPortugal, alerta que a tarifa de 15% trará "alguma dificuldade", prevendo que "a quebra em termos de consumo muito provavelmente será acima de 20%". Paulo Amorim, presidente da ANCEVE, é ainda mais crítico, descrevendo o acordo UE-EUA como "péssimo" e a situação como a "tempestade perfeita que fará com que esta vindima de 2025 seja ainda pior do que a de 2024". Por outro lado, Bernardo Gouvêa, presidente do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV), considera que, apesar do desafio, "há espaço para os vinhos portugueses, mesmo assim, aumentarem os preços e continuarem competitivos", dado o seu posicionamento de preço relativamente baixo no mercado americano.
Grandes produtores como a Sogrape admitem que a imposição das tarifas "não poderá deixar de implicar uma retração, mesmo que temporária, da procura", mas confiam na solidez das suas marcas. Tomás Roquete, da Quinta do Crasto, considera que uma taxa de 15% "é alta, mas não é a decapitação do negócio", sugerindo que o custo seja absorvido entre produtor e importador.