A administração norte-americana ameaça recorrer a "todas as ferramentas", incluindo a possibilidade de aplicar tarifas de até 200%, caso as suas exigências não sejam cumpridas.
Numa carta enviada aos diretores de empresas como Eli Lilly, Sanofi, Johnson & Johnson e AstraZeneca, Trump exigiu um compromisso para pôr fim "aos preços enormemente inflacionados" de medicamentos.
O presidente norte-americano sublinhou que "os medicamentos de marca nos Estados Unidos são, em média, até três vezes mais caros do que em qualquer outro lugar". As exigências incluem a aplicação de preços de "Nação Mais Favorecida" para os inscritos no programa Medicaid, a devolução de receitas excessivas obtidas no estrangeiro aos contribuintes americanos e a permissão de compra direta de medicamentos a preços reduzidos.
Trump expressou frustração com as propostas recebidas até agora, afirmando que a indústria "prometeu mais do mesmo". A medida gerou reações imediatas em Wall Street, com as ações do setor da saúde a caírem a pique.
Analistas como Spencer Perlman, da Veda Partners, questionam a autoridade legal de Trump para impor tais medidas, mas reconhecem que o governo pode instituir um "teste obrigatório" para que os preços mais baixos se reflitam nos programas públicos de saúde, como o Medicare e o Medicaid.