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Economia August 5, 2025

EUA impõem tarifa de 50% sobre café e cacau do Brasil, que procura mercados alternativos

A administração Trump impôs uma tarifa de 50% sobre as importações de café e cacau provenientes do Brasil, uma medida que torna as exportações destes produtos "economicamente inviáveis" para o mercado norte-americano.

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Em resposta, o Brasil está a focar-se em mercados alternativos, como a China, e a considerar uma queixa formal na Organização Mundial do Comércio (OMC).

A nova tarifa, que entra em vigor a 6 de agosto, provocou alarme imediato entre os produtores brasileiros. A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) alertou que a taxa ameaça diretamente a competitividade do setor e coloca em risco a indústria nacional, prevendo perdas superiores a 31 milhões de euros.

No setor do café, os produtores ameaçaram mudar de mercados caso as negociações não revertam a situação.

A China, aproveitando a disputa, já autorizou 183 empresas brasileiras a exportar café para o seu mercado interno.

Pequim tem vindo a aumentar a sua importância como parceiro comercial, com acordos significativos como o assinado entre a ApexBrasil e a Luckin Coffee, a maior cadeia de cafetarias chinesa.

O Brasil, por sua vez, optou por medidas de alívio para os setores afetados em vez de retaliação direta, enquanto prepara um pedido de consultas na OMC.

A decisão de Trump, no entanto, incluiu isenções para 694 produtos brasileiros, incluindo petróleo, combustíveis e aeronaves civis, o que levou a Embraer a afirmar que os seus resultados não foram "significativamente impactados pelas tarifas".

ai briefingEm resumo
A imposição de uma tarifa de 50% sobre o café e o cacau brasileiros pelos EUA levou o Brasil a diversificar os seus mercados de exportação, com destaque para a China, e a ponderar ações na OMC, enquanto implementa medidas de apoio internas.

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