Em resposta, o Brasil está a focar-se em mercados alternativos, como a China, e a considerar uma queixa formal na Organização Mundial do Comércio (OMC).
A nova tarifa, que entra em vigor a 6 de agosto, provocou alarme imediato entre os produtores brasileiros. A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) alertou que a taxa ameaça diretamente a competitividade do setor e coloca em risco a indústria nacional, prevendo perdas superiores a 31 milhões de euros.
No setor do café, os produtores ameaçaram mudar de mercados caso as negociações não revertam a situação.
A China, aproveitando a disputa, já autorizou 183 empresas brasileiras a exportar café para o seu mercado interno.
Pequim tem vindo a aumentar a sua importância como parceiro comercial, com acordos significativos como o assinado entre a ApexBrasil e a Luckin Coffee, a maior cadeia de cafetarias chinesa.
O Brasil, por sua vez, optou por medidas de alívio para os setores afetados em vez de retaliação direta, enquanto prepara um pedido de consultas na OMC.
A decisão de Trump, no entanto, incluiu isenções para 694 produtos brasileiros, incluindo petróleo, combustíveis e aeronaves civis, o que levou a Embraer a afirmar que os seus resultados não foram "significativamente impactados pelas tarifas".