A presidente do Conselho Federal, Karin Keller-Sutter, afirmou que a medida "certamente prejudicará a economia" e que o número imposto não foi o mesmo mencionado durante as negociações.
A decisão, anunciada a 1 de agosto, dia nacional da Suíça, apanhou os mercados helvéticos de surpresa, com a bolsa a reagir em baixa.
A sobretaxa, superior aos 31% inicialmente ameaçados em abril, representa um grande desafio para a economia suíça, fortemente dependente das exportações.
Setores icónicos como a relojoaria de luxo, o chocolate e os instrumentos de precisão estão entre os mais afetados. A indústria relojoeira, que tem os EUA como principal mercado externo, viu as ações de gigantes como a Richemont e a Swatch caírem.
O CEO do Swatch Group, Nick Hayek, instou a presidente suíça a viajar para Washington para negociar um acordo melhor, mostrando-se confiante de que "um acordo pode ser alcançado".
O governo suíço realizou uma reunião de crise e anunciou que está determinado a prosseguir as negociações, se necessário após a entrada em vigor das tarifas a 7 de agosto, e a apresentar uma "oferta mais atrativa" aos EUA. A grande incógnita permanece sobre o tratamento reservado aos produtos farmacêuticos, que representam mais de metade das exportações suíças e que, até agora, estavam isentos de tarifas.














