Esta pressão intensifica a guerra comercial, com a Índia a acusar os EUA e a UE de hipocrisia e a garantir que irá "salvaguardar os interesses nacionais".
A administração Trump já tinha imposto uma tarifa de 25% sobre as exportações indianas, mas a nova ameaça surge num contexto de crescente tensão geopolítica.
O governo indiano, liderado por Narendra Modi, não deu instruções às refinarias para pararem de comprar petróleo russo, considerando a decisão puramente comercial e vantajosa, uma vez que o crude de Moscovo é adquirido com desconto.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores indiano, Randhir Jaiswal, descreveu os laços com a Rússia como uma "parceria estável e comprovada pelo tempo".
A Índia tornou-se o maior comprador mundial de exportações marítimas de petróleo bruto russo, absorvendo cerca de um terço das suas importações desta fonte. A postura desafiadora de Nova Deli contrasta com a de outros parceiros comerciais que cederam às pressões norte-americanas.
Analistas sugerem que a China e a Índia são vistas por Washington de forma diferente, com a China a deter um maior poder negocial devido ao seu controlo sobre terras raras.
A Índia, por sua vez, defende a sua soberania e os seus interesses económicos, com o primeiro-ministro Modi a apelar à compra de produtos locais num comício recente.