A medida afeta os bens não abrangidos pelo acordo de comércio livre trilateral existente com o México e os Estados Unidos. Num comunicado, Mark Carney afirmou que o governo de Otava agirá para "proteger os postos de trabalho canadianos e investir na competitividade industrial". A estratégia de resposta do Canadá passará por incentivar a compra de produtos nacionais e pela diversificação para novos mercados de exportação.
Os setores mais visados pela proteção governamental incluem a madeira, o aço, o alumínio e a indústria automóvel, que estão fora do âmbito do acordo comercial atual.
A decisão de Donald Trump de agravar as tarifas foi justificada com a alegação de que o Canadá não está a fazer o suficiente para combater o tráfico de drogas, nomeadamente o fentanil. Trump acusou o país vizinho de "nada ter feito" para "prender, apreender, deter ou intercetar traficantes, criminosos em geral e drogas ilícitas".
Esta justificação junta-se a outras pressões políticas, como a intenção do Canadá de reconhecer o Estado da Palestina, que, segundo Trump, dificultou as negociações comerciais. A medida agrava as tensões entre os dois países, numa altura em que o representante para o Comércio dos EUA, Jamieson Greer, afirmou que as novas tarifas são "praticamente definitivas" e que não deverão ocorrer negociações para a sua redução nos próximos dias.