Esta divergência reflete a complexidade e a natureza geopolítica da política comercial norte-americana no continente africano.
Angola celebrou uma "vitória histórica para a diplomacia económica" após os Estados Unidos terem reduzido as tarifas aduaneiras sobre os seus produtos de 32% para 15%.
A medida, formalizada por uma ordem executiva da Casa Branca, coloca Angola num grupo restrito de países africanos com um regime preferencial.
O governo angolano espera que a nova tarifa permita "maior competitividade dos produtos nacionais no mercado norte-americano", ajude a reequilibrar as trocas comerciais e atraia novos investimentos, especialmente nos setores do agronegócio e indústria.
Em contraste, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, lamentou as taxas de 30% impostas ao seu país, a percentagem mais elevada na África subsaariana.
Ramaphosa apelou ao seu governo para "agir com urgência e determinação para limitar o impacto destas tarifas extremamente punitivas".
Pretória tem sido alvo de críticas da administração Trump por alegadas perseguições a agricultores brancos e pela sua queixa contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça. O aumento das tarifas poderá custar até 100.000 empregos na África do Sul, num país já com uma taxa de desemprego de 33%, e ter um impacto de 0,2% no crescimento do PIB.