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Economia August 7, 2025

Brasil alvo de tarifa de 50% e recorre à Organização Mundial do Comércio

O Brasil enfrenta a imposição de uma tarifa de 50% pelos Estados Unidos, uma medida com fortes contornos políticos ligados à investigação do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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A decisão já provoca impactos económicos significativos, nomeadamente no setor do calçado, e levou o governo brasileiro a acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC).

A tarifa, que afeta 36% das importações provenientes do Brasil, é vista como uma forma de pressão de Washington a favor da amnistia para Jair Bolsonaro, um aliado de Donald Trump. O presidente Lula da Silva reagiu afirmando que não se irá “humilhar”, enquanto o seu governo iniciava um processo de consultas na OMC, alegando que as medidas norte-americanas “violam flagrantemente compromissos centrais” assumidos na organização. O impacto económico já se faz sentir: a Associação Brasileira da Indústria do Calçado (Abicalçados) estima que 80% dos seus exportadores serão afetados, com um risco de perda de até 20.000 postos de trabalho. Os Estados Unidos são o principal destino do calçado brasileiro, representando cerca de 20% das vendas. Apesar da gravidade da situação, o governo brasileiro optou por medidas de alívio para os setores afetados, como linhas de crédito, em vez de uma retaliação direta, numa tentativa de manter o diálogo aberto. É de notar que a Casa Branca concedeu isenções a quase 700 produtos, incluindo setores estratégicos como o da aviação, que beneficia a Embraer.

ai briefingEm resumo
A tarifa de 50% imposta ao Brasil pelos EUA combina pressão política com consequências económicas severas para setores específicos como o do calçado. A resposta do Brasil, ao recorrer à OMC e ao mesmo tempo procurar o diálogo, reflete a complexidade de uma relação bilateral tensa, onde o comércio é usado como instrumento de influência política.

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