A decisão da Casa Branca, justificada pelo défice comercial de cerca de 40 mil milhões de dólares que os EUA mantêm com a Suíça, gerou espanto e receio no país alpino.
A taxa de 39% é substancialmente superior aos 15% aplicados à vizinha União Europeia, o que coloca as empresas suíças em desvantagem competitiva.
A presidente suíça, Karin Keller-Sutter, afirmou que a medida “certamente prejudicará a economia” e anunciou uma viagem não planeada a Washington para apresentar uma “proposta mais atrativa”, numa tentativa de baixar a tarifa antes da sua entrada em vigor.
O impacto já se fez sentir nos mercados financeiros, com as ações de grandes grupos de luxo como a Richemont e a Swatch a registarem volatilidade.
A indústria relojoeira, que tem nos EUA o seu principal mercado de exportação, está particularmente vulnerável.
O CEO do Swatch Group, Nick Hayek, apelou a uma intervenção diplomática direta, sugerindo que a presidente suíça deveria “meter-se no avião e ir para Washington” para negociar um acordo melhor.