Esta medida, descrita pela administração Trump como "recíproca", estabelece uma nova base para o comércio internacional, com impactos diretos e imediatos para os principais parceiros comerciais.
A implementação destas taxas aduaneiras representa uma das mais significativas alterações na política comercial norte-americana das últimas décadas.
As tarifas, que variam entre um mínimo de 10% e um máximo de 50%, afetam um vasto leque de nações, com alíquotas específicas aplicadas a parceiros estratégicos: 15% para a União Europeia, Japão e Coreia do Sul; 20% para Taiwan e Vietname; e taxas mais punitivas de 50% para o Brasil.
O objetivo declarado é reequilibrar o comércio e proteger a indústria nacional.
O secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, projetou uma arrecadação mensal de cerca de 50 mil milhões de dólares (aproximadamente 43 mil milhões de euros), sublinhando o potencial impacto financeiro da medida. A reação internacional foi de grande apreensão.
A ONU classificou a imposição das taxas como uma "notícia desanimadora", alertando que "todas as guerras comerciais são ruinosas e devem ser evitadas".
Economistas e analistas partilham desta preocupação, prevendo um abrandamento do crescimento económico global e um aumento da inflação, não só nos países visados, mas também nos próprios Estados Unidos, onde os consumidores poderão enfrentar preços mais elevados.
A medida força empresas e governos a reavaliar as suas cadeias de abastecimento e estratégias de mercado, num ambiente de crescente incerteza geopolítica.