Contudo, a medida contém uma isenção estratégica para empresas que já produzem ou se comprometeram a instalar fábricas nos Estados Unidos, beneficiando gigantes como a Apple e a TSMC.
A nova política tarifária foi anunciada pelo Presidente Donald Trump na Casa Branca, que declarou: "Imporemos uma tarifa de aproximadamente 100% sobre os chips e semicondutores.
Mas se [os fabricantes] estiverem a produzir nos Estados Unidos, não há qualquer cobrança".
Esta abordagem de dupla via visa, por um lado, penalizar a produção externa e, por outro, incentivar massivamente o investimento industrial em solo americano, alinhando-se com a sua agenda protecionista.
A medida contrasta com a política da administração anterior, que apostava em incentivos financeiros para atrair a indústria.
A Apple, numa demonstração de alinhamento com a nova política, anunciou na mesma ocasião um investimento adicional de 100 mil milhões de dólares, elevando o seu compromisso total nos EUA para 600 mil milhões nos próximos quatro anos. Este investimento, que inclui a produção de vidro para iPhones e Apple Watches no Kentucky, garante a isenção das tarifas para a empresa.
Da mesma forma, Taiwan confirmou que a sua gigante de semicondutores, a TSMC, também ficará isenta devido aos seus avultados investimentos em fábricas no Arizona.
A decisão sublinha a estratégia de Trump de usar as tarifas como uma ferramenta para forçar a relocalização de cadeias de abastecimento críticas para a segurança económica e nacional.