As empresas atribuem diretamente as perdas às taxas aduaneiras, que encarecem a exportação para um dos seus principais mercados.
A Toyota Motor, líder mundial do setor, anunciou que o seu lucro líquido regrediu 37% entre abril e junho, o primeiro trimestre do seu ano fiscal.
A empresa estimou que o impacto total das tarifas americanas para o ano fiscal será de 1,4 biliões de ienes (cerca de 8,14 mil milhões de euros).
Da mesma forma, a Honda reportou uma queda de 50,2% no seu lucro no mesmo período.
Ambas as empresas, apesar de manterem vendas fortes na América do Norte, viram as suas margens de lucro serem corroídas pelas taxas de 27,5% (tarifa base mais a taxa adicional de 25% em vigor desde abril) aplicadas aos seus veículos.
Embora o acordo comercial entre os EUA e o Japão preveja a redução desta taxa para 15%, a incerteza e os custos já incorridos penalizaram fortemente os resultados.
A situação evidencia a vulnerabilidade dos fabricantes com forte exposição ao mercado norte-americano.
A Nissan, por sua vez, já havia anunciado um plano de reestruturação que inclui o despedimento de 20.000 pessoas e o encerramento de fábricas, refletindo as dificuldades acrescidas num setor já pressionado pela concorrência e pela transição energética.