Numa entrevista à CNBC, o Presidente Donald Trump detalhou um plano de tarifas progressivas, afirmando: "Primeiro, vamos colocar uma pequena tarifa sobre os farmacêuticos, mas num ano, ano e meio, no máximo, vai subir para 150% e depois para 250%".
O objetivo, segundo Trump, é claro: "Queremos bens farmacêuticos produzidos no nosso país".
Atualmente, a maioria destes produtos beneficia de uma taxa de 0%, mas a ameaça de uma escalada tarifária drástica cria uma enorme incerteza para uma indústria globalizada.
Esta política de pressão já levou a Casa Branca a exigir a 17 grandes farmacêuticas que baixassem os preços. Para Portugal, o impacto pode ser significativo, uma vez que o setor farmacêutico representou exportações de mais de 1,16 mil milhões de euros para os EUA em 2024. A Irlanda, outro importante centro de produção farmacêutica na Europa, já anunciou um plano para diversificar os seus mercados de exportação em resposta a esta ameaça.
A Suíça, que enfrenta uma proposta de tarifa de 39%, também está a renegociar ativamente com Washington, com a sua Presidente a deslocar-se aos EUA para apresentar uma "oferta mais atrativa".