O incidente gerou confusão e levou a uma deslocação urgente do principal negociador japonês a Washington para clarificar os termos do acordo comercial.
O diferendo surgiu porque, em vez de aplicar uma taxa fixa de 15% como acordado, a ordem executiva de Donald Trump foi interpretada de forma a adicionar 15% às taxas já existentes sobre certos produtos.
Ryosei Akazawa, negociador japonês, declarou ser "extremamente lamentável" que a ordem presidencial não cumprisse o acordo.
Após conversações com o secretário de Comércio e o secretário do Tesouro dos EUA, Akazawa afirmou que Washington admitiu o "erro" e comprometeu-se a alterar a ordem executiva com efeito retroativo, reembolsando os valores cobrados indevidamente. O porta-voz do governo japonês, Yoshimasa Hayashi, reforçou que foi confirmado com a parte norte-americana que "não existem discrepâncias quanto ao entendimento" do acordo.
Apesar desta clarificação, o Japão continua a pressionar por uma maior redução das tarifas no setor automóvel, um dos pilares da sua economia de exportação. A incerteza sobre a data de aplicação da redução prometida para os veículos, de 27,5% para 15%, mantém-se como um ponto de tensão, ilustrando as dificuldades e a volatilidade nas negociações comerciais com a atual administração norte-americana.