Segundo cálculos da Organização Mundial do Comércio (OMC) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), a escalada tarifária iniciada em abril elevou brevemente a taxa média para 24,8% em maio, um patamar não visto desde 1904.
O governo dos EUA espera arrecadar cerca de 50 mil milhões de dólares mensais com estas novas taxas, um aumento significativo face aos 30 mil milhões anteriores.
A medida está a gerar fortes repercussões na economia interna, com indicadores a revelar uma queda na produção industrial, aumento do desemprego e agravamento da inflação.
Analistas e investidores, embora inicialmente confiantes de que as negociações mitigariam os efeitos, mostram-se agora preocupados com o impacto na inflação e nos lucros das empresas.
O economista Gregory Daco, da EY, alertou que muitos agentes económicos estão a ignorar "forças erosivas que estão a minar ativamente o impulso da economia".
A ONU classificou a medida como uma "notícia desanimadora", sublinhando que "todas as guerras comerciais são ruinosas e devem ser evitadas" e apelando à proteção das populações mais vulneráveis, que sofrerão com a subida dos preços. A administração Trump, por sua vez, defende que as tarifas são essenciais para reequilibrar o comércio e reavivar a indústria americana, chegando a sugerir que as receitas poderiam financiar um dividendo para os cidadãos de rendimento médio e baixo.














