A decisão ameaça provocar uma queda drástica nas exportações da Índia e perdas financeiras significativas para a sua indústria.

Os retalhistas comunicaram aos seus fornecedores indianos a suspensão dos envios "até novo aviso", recusando-se a absorver os custos acrescidos.

A medida tarifária inclui uma taxa de 25% que entrou em vigor a 7 de agosto, com a ameaça de uma tarifa adicional de 25% no final do mês.

A justificação oficial dos EUA para esta sanção é a contínua compra de petróleo russo por parte da Índia.

A Confederação da Indústria Têxtil Indiana (CITI) classificou a tarifa como um "enorme revés" que irá "enfraquecer significativamente" a competitividade do setor.

A Índia é o quarto maior exportador de vestuário para os EUA, mas a nova taxa de 50% coloca-a em grande desvantagem face a concorrentes asiáticos como a China e o Vietname, que enfrentam tarifas entre 20% e 30%. Em Nova Deli, a medida é vista como uma tática de pressão para forçar a Índia a ceder em pontos sensíveis do Acordo Comercial Bilateral, como a abertura do seu mercado a produtos agrícolas e lácteos dos EUA, algo que o governo indiano tem resistido para proteger os seus agricultores.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros indiano considerou as taxas "injustificadas e irracionais", lamentando a decisão dos EUA.