Em resposta, a UE suspendeu a aplicação de medidas de retaliação, procurando estabilizar as relações comerciais transatlânticas.

O acordo, negociado entre a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e a administração Trump, estabelece uma taxa significativamente inferior aos 30% inicialmente propostos, abrangendo a maioria dos bens, incluindo automóveis, mas excluindo aço e alumínio, que continuam sujeitos a taxas mais elevadas.

No entanto, a estabilidade do acordo é frágil.

O Presidente Trump ameaçou aumentar as tarifas para 35% caso a UE não cumpra um alegado compromisso de investir 600 mil milhões de dólares na economia norte-americana, um valor que, segundo fontes comunitárias, não pode ser garantido por depender de decisões do setor privado. Esta incerteza levou empresas europeias a procurar formas de mitigar o impacto, recorrendo a cláusulas aduaneiras como a "First Sale", que permite calcular os direitos sobre o valor de fábrica do produto.

Empresas como a L’Oréal, Moncler e Ferragamo estão a explorar esta opção para reduzir o efeito no preço final ao consumidor.

A Comissão Europeia afirmou que espera que Washington cumpra os compromissos "o mais rapidamente possível", enquanto trabalha no texto final do acordo.