Este recuo significativo, que representa uma quebra de 219 milhões de euros face ao mesmo mês do ano anterior, foi liderado pela diminuição nas vendas de produtos químicos. Os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) acenderam o alarme no tecido empresarial português, uma vez que os Estados Unidos se tornaram o quarto principal cliente de Portugal, com um peso de 6,8% nas exportações em 2023.

A queda abrupta, ocorrida num período de grande antecipação e incerteza sobre a política comercial norte-americana, sugere um efeito dissuasor mesmo antes da aplicação formal das taxas.

Em resposta, o Governo português agiu rapidamente, com o Ministro da Economia, Castro Almeida, a reunir-se com cerca de 30 associações setoriais que representam mais de 90% das exportações para os EUA. O objetivo foi auscultar as preocupações dos empresários e validar as medidas de apoio à internacionalização e capitalização das empresas, como o programa "Reforçar" e as linhas de crédito do Banco Português de Fomento (BPF). O Governo sublinhou que está a "ajudar as empresas a diversificarem os mercados para os quais exportam" e que o próximo passo será o reforço dos seguros de crédito à exportação para mitigar os riscos.