A medida visa forçar a deslocalização da produção para os Estados Unidos e representa uma ameaça direta às exportações portuguesas do setor, avaliadas em mais de 1,16 mil milhões de euros anuais para o mercado norte-americano. Numa entrevista à CNBC, Trump detalhou o seu plano, afirmando que começaria com "uma pequena tarifa sobre os farmacêuticos", que aumentaria para 150% num prazo de um ano a um ano e meio, e posteriormente para 250%.
A justificação é clara: "Queremos bens farmacêuticos produzidos no nosso país".
Atualmente, estes produtos não pagam tarifas, mas a situação poderá mudar com a finalização do acordo comercial entre os EUA e a UE. O setor farmacêutico é um dos mais relevantes na relação comercial de Portugal com os EUA, representando 22% das vendas totais para aquele mercado em 2024.
A ameaça surge numa altura em que a Casa Branca já tinha enviado cartas a 17 das maiores farmacêuticas a exigir uma baixa de preços. A indústria, por sua vez, alerta que as tarifas podem limitar a capacidade de investimento em investigação, uma área de custos elevados e essencial para a inovação.














