O objetivo principal, conforme explicado pelo secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, é "reequilibrar" o défice da balança corrente dos EUA, que em 2024 ascendeu a 1,18 biliões de dólares. Bessent alertou que um défice desta magnitude poderia levar a uma crise financeira, defendendo que um "regresso da produção" aos Estados Unidos resultaria em menos importações.
As expectativas de receita do governo são elevadas, com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, a estimar uma arrecadação de cerca de 50 mil milhões de dólares por mês.
Contudo, a medida gerou apreensão a nível global e interno.
A ONU classificou a decisão como uma "notícia desanimadora", alertando que "todas as guerras comerciais são ruinosas e devem ser evitadas".
Economistas e analistas preveem consequências económicas negativas, incluindo um menor crescimento mundial e um aumento da inflação, não só nos países visados mas também nos próprios EUA.
Vários artigos apontam que os efeitos já se fazem sentir na economia americana, com queda na produção e aumento do desemprego, levantando dúvidas sobre a eficácia da estratégia.
O economista Filipe Grilo sublinhou que "os consumidores norte-americanos vão ser os principais prejudicados", enquanto outros especialistas alertam que o maior prejudicado numa guerra comercial "é quem a inicia".














