No entanto, a estabilidade do acordo é frágil, com o Presidente Donald Trump a ameaçar elevar a taxa para 35% caso a UE não cumpra o compromisso de investir 600 mil milhões de dólares na economia norte-americana. Este acordo, que evitou uma guerra comercial de maior escala, ainda representa um encargo significativo, sendo seis vezes superior à taxa base anterior de 2,5%.
A Comissão Europeia manifestou a esperança de que Washington cumpra "o mais rapidamente possível" os compromissos assumidos, mas o ambiente de incerteza levou as empresas europeias a procurar estratégias para atenuar os custos. Uma das táticas em análise por empresas como a L'Oréal e a Moncler é o recurso à cláusula aduaneira "First Sale", uma regra pouco conhecida que permite calcular os direitos sobre o valor de fábrica do produto, que é mais baixo, em vez do preço final de venda. Em Portugal, o Governo reagiu prontamente, com o Ministro da Economia a reunir-se com cerca de 30 associações setoriais, que representam mais de 90% das exportações para os EUA, para debater o impacto das taxas e validar as medidas de apoio à internacionalização e capitalização das empresas. A situação do Reino Unido, que por ter um défice comercial com os EUA conseguiu uma tarifa mais favorável de 10%, ilustra a abordagem seletiva da administração Trump.














