No caso do Brasil, a taxa está a ser associada à pressão de Washington devido aos processos judiciais contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto a Índia é penalizada pela sua contínua compra de petróleo russo.

As consequências foram imediatas e severas.

No Brasil, a Associação Brasileira da Indústria do Calçado (Abicalçados) estima que 80% dos seus exportadores serão afetados, com uma potencial perda de até 20.000 empregos.

A fabricante de armas Taurus anunciou a transferência de parte da sua produção para os EUA para contornar a taxa.

O governo brasileiro reagiu, acionando um pedido de consultas na Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as tarifas "violam flagrantemente compromissos centrais".

O Presidente Lula da Silva afirmou que não se vai "humilhar" perante Trump.

Na Índia, a situação é igualmente crítica.

Grandes retalhistas norte-americanos, como Walmart, Amazon e Target, suspenderam as importações de vestuário e têxteis, ameaçando uma "queda drástica" nas exportações indianas. O governo indiano classificou as tarifas como "injustificadas e irracionais", interpretando-as como uma tática para forçar a renegociação de um acordo comercial bilateral.