Os consumidores deverão sentir o impacto das novas tarifas da administração Trump diretamente nos preços de produtos eletrónicos populares, com empresas como a Apple e a Sonos a sinalizarem a necessidade de repercutir os custos acrescidos. A medida afeta as cadeias de abastecimento globais, maioritariamente localizadas na Ásia, e ameaça encarecer desde a próxima geração de smartphones a equipamentos de áudio. O analista Jeff Pu apontou as políticas comerciais dos Estados Unidos como a principal causa para um provável aumento de preço da futura linha iPhone 17, uma vez que a Apple, apesar de estar a aumentar o seu investimento nos EUA, continua a depender fortemente de componentes fabricados no estrangeiro. Embora a empresa tenha conseguido uma isenção na tarifa de 100% sobre semicondutores para as suas operações nos EUA, a complexidade da sua cadeia de valor global torna-a vulnerável a outras taxas.
A Sonos, por sua vez, foi mais explícita.
O CEO Tom Conrad afirmou que a empresa terá de "aumentar os preços em determinados produtos mais perto do final do ano" como consequência direta das tarifas.
Grande parte da produção da Sonos está localizada no Vietname e na Malásia, países que agora enfrentam tarifas de 20% e 19%, respetivamente, sobre as suas exportações para os EUA. Conrad admitiu que a empresa trabalhará com os seus parceiros para distribuir os custos extra e evitar passá-los integralmente ao consumidor, mas reconheceu que um aumento no preço final será inevitável.
Em resumoAs novas tarifas comerciais dos EUA estão a criar uma pressão inflacionista direta sobre o setor da eletrónica de consumo. Empresas como a Apple e a Sonos, cujas cadeias de produção estão maioritariamente na Ásia, preveem aumentos de preços, sinalizando que os consumidores finais acabarão por suportar parte dos custos da guerra comercial.