A decisão, formalizada por ordem executiva, prolonga o prazo até 9 de novembro e foi recebida com otimismo pelos mercados financeiros.
A decisão de prolongar a trégua por 90 dias, confirmada pelo Ministério do Comércio da China, surge na sequência de negociações em Londres e Estocolmo e proporciona um alívio temporário à economia global.
O acordo original, alcançado em maio em Genebra, já tinha reduzido significativamente as taxas, com Washington a baixar as tarifas sobre produtos chineses de 145% para 30% e Pequim a retaliar com uma redução de 125% para 10% sobre bens norte-americanos.
A extensão da pausa foi recebida positivamente pelos mercados asiáticos e europeus, que registaram ganhos generalizados.
O presidente Donald Trump afirmou que as negociações com Pequim corriam “bastante bem”, enquanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês apelou a "esforços" de Washington para alcançar um "resultado positivo baseado na igualdade, respeito e benefício mútuo".
Apesar do otimismo momentâneo, a fragilidade da relação comercial persiste.
Uma simulação do Observatory of Economic Complexity, citada nos artigos, projeta que, sem um acordo duradouro, as exportações da China para os EUA poderiam cair 417 mil milhões de euros até 2027.
A manutenção do diálogo é vista como crucial para evitar um embargo comercial "de facto" entre as duas potências, mas as questões estruturais, como o défice comercial e o domínio tecnológico, continuam por resolver, mantendo a incerteza sobre o desfecho a longo prazo.













