A redução, que totalizou 219 milhões de euros, foi liderada pelo setor dos produtos químicos e contribuiu para o agravamento do défice da balança comercial de Portugal. A forte contração das vendas para o mercado norte-americano, que se tornou o quarto principal cliente de Portugal, evidencia a antecipação e a incerteza geradas pela nova política comercial dos EUA. O governo português reagiu prontamente, com o Ministro da Economia, Castro Almeida, a reunir-se com cerca de 30 associações setoriais que representam mais de 90% das exportações para os EUA.
Nestes encontros, foram debatidas as medidas de mitigação, como o reforço dos apoios à internacionalização e a diversificação de mercados. O executivo validou as medidas já em curso, como as linhas de financiamento do Banco Português de Fomento (BPF) e os avisos antecipados do programa Portugal 2030 para ações de internacionalização.
O próximo passo, segundo o Ministério, será o reforço dos seguros de crédito à exportação.
Os empresários, por sua vez, validaram as ações do Governo, mas o economista Filipe Garcia alertou para um "problema de competitividade para as exportações portuguesas" e "uma ameaça para o crescimento das empresas". A situação sublinha a vulnerabilidade da economia portuguesa a choques externos e a necessidade de estratégias proativas para proteger os setores exportadores.













