A medida intensifica as tensões comerciais e ameaça causar perdas milionárias para os exportadores indianos.

O governo indiano estima que 55% do valor total das suas exportações de mercadorias para os EUA será afetado pela nova tarifa, que consiste numa taxa de 25% em vigor desde 7 de agosto e uma adicional de 25% a partir de 27 de agosto.

A Confederação da Indústria Têxtil Indiana (CITI) classificou a medida como um "enorme revés", afirmando que irá "enfraquecer significativamente" a capacidade competitiva do setor.

A Índia, sendo o quarto maior exportador de vestuário para os EUA, enfrenta agora uma desvantagem considerável em relação a concorrentes asiáticos como a China e o Vietname, que estão sujeitos a taxas entre 20% e 30%.

Grandes retalhistas como Walmart, Amazon, Target e Gap já solicitaram uma pausa nos envios.

Embora a justificação oficial dos EUA se centre na compra de petróleo russo pela Índia, a medida é interpretada em Nova Deli como uma tática de pressão para desbloquear o estagnado Acordo Comercial Bilateral (BTA) EUA-Índia. Os principais pontos de discórdia incluem a recusa da Índia em abrir o seu mercado a produtos agrícolas e lacticínios dos EUA para proteger os seus agricultores.