Esta decisão não só garante a viabilidade da fábrica de Palmela num contexto de protecionismo crescente, como também reforça o papel de Portugal na estratégia de eletrificação do grupo na Europa.
A estratégia foi claramente delineada pelo diretor-geral da Autoeuropa, Thomas Hegel Gunther, que afirmou: “O nosso plano é produzir o carro elétrico na Europa para os nossos clientes europeus; isto é um aspeto extremamente importante”.
Esta abordagem protege a fábrica do impacto da "guerra comercial alfandegária levantada pelos norte-americanos à Europa", permitindo-lhe operar com maior previsibilidade.
A aposta na produção local, ou *nearshoring*, é uma tática deliberada para reduzir a "exposição a riscos tarifários e encurtar os lead times, tornando a supply chain mais resiliente".
A produção do ID.EVERY1, um modelo de entrada de gama com um custo previsto de 20 mil euros, insere-se num investimento de 600 milhões de euros para a modernização da unidade de Palmela e tem início previsto para meados de 2027. A decisão da Volkswagen é vista como um "reposicionamento da Volkswagen Autoeuropa como polo estratégico da eletrificação na Europa", consolidando a sua importância na cadeia de valor do grupo e na economia portuguesa, onde já representa uma fatia significativa das exportações.













