A administração Trump reforçou a sua política comercial protecionista ao alargar a aplicação de tarifas de 50% sobre aço e alumínio a mais de 400 novas categorias de produtos, ao mesmo tempo que descartou firmemente a possibilidade de conceder isenções à União Europeia. Esta medida representa uma escalada significativa nas barreiras comerciais, afetando uma vasta gama de bens importados e sublinhando a determinação de Washington em proteger a sua indústria. A expansão, anunciada pelo Departamento de Comércio, inclui um total de 407 novos itens, abrangendo desde equipamentos pesados como guindastes e escavadoras, a turbinas eólicas, carruagens ferroviárias e materiais de construção. Segundo Jeffrey Kessler, subsecretário de Comércio para a Indústria e Segurança, a decisão visa “expandir o escopo das tarifas sobre aço e alumínio e bloquear vias de evasão, apoiando a revitalização contínua das indústrias americanas”.
A posição inflexível da Casa Branca foi corroborada pelo conselheiro de comércio, Peter Navarro, que afirmou não haver lugar para isenções, justificando que, no passado, os aliados “abusaram completamente” de tais concessões.
Esta política, que visa fortalecer a base industrial dos EUA, gera, no entanto, preocupações sobre o aumento dos custos para fabricantes e consumidores, tanto nos Estados Unidos como nos países exportadores, que agora enfrentam barreiras mais severas para aceder a um dos maiores mercados do mundo.
Em resumoA decisão dos EUA de expandir as tarifas de 50% sobre o aço e o alumínio a centenas de novos produtos, ao mesmo tempo que nega categoricamente isenções à UE, marca um endurecimento da sua política comercial. A medida visa proteger a indústria nacional, mas arrisca-se a aumentar os custos de produção e a gerar novas tensões nas relações comerciais transatlânticas.