Empresas de diversos setores veem-se obrigadas a adaptar as suas estratégias para navegar num ambiente geopolítico cada vez mais complexo e protecionista. No setor tecnológico, as restrições norte-americanas à exportação de semicondutores para a China levaram a Nvidia a desenvolver um chip específico, o H20, para contornar as limitações.
Em paralelo, a administração Trump pondera permitir a venda de chips mais avançados, mas mediante um acordo que entregaria 15% das receitas ao governo dos EUA.
Esta pressão regulatória e tarifária tem consequências diretas nas operações de grandes retalhistas, como o Walmart, que expandiu as suas capacidades logísticas para o Vietname como forma de mitigar as tarifas sobre produtos chineses, que podem chegar aos 55%. A complexidade do cenário leva também a tentativas de evasão, como o caso de uma empresa de Amares, em Portugal, acusada de desviar importações de aço chinês através de outros países asiáticos para evitar taxas anti-dumping. Apesar dos obstáculos, algumas empresas chinesas, como a Lenovo, conseguiram registar um crescimento robusto, demonstrando resiliência e capacidade de adaptação.
A situação evidencia um movimento mais amplo de empresas que procuram “novas rotas para os mercados existentes”, reajustando as suas operações para locais estrategicamente vantajosos.














