O impacto das tarifas norte-americanas é apontado como um dos fatores que contribuem para as dificuldades financeiras da Nissan, enquanto outras fabricantes, como a Bugatti, encaram as barreiras comerciais como um dos grandes desafios do setor.
A apreensão é partilhada pela indústria europeia de componentes automóveis, que, através da sua associação CLEPA, defende a implementação de um teto tarifário de 15% para setores-chave, incluindo o automóvel, de modo a garantir previsibilidade.
Para além do impacto direto das tarifas, o setor enfrenta uma ameaça indireta, mas potencialmente mais disruptiva.
A proposta de lei “Big Beautiful Bill” da administração Trump, que prevê o fim das multas por incumprimento das metas de consumo de combustível (CAFE), pode eliminar o mercado de “créditos regulatórios”. Esta alteração representa um risco significativo para a Tesla, que, na última década, angariou cerca de 11,8 mil milhões de dólares com a venda destes créditos a outros construtores. Analistas preveem que esta fonte de receita, descrita como vital para a rentabilidade da Tesla, possa “secar”, com uma redução de 75% na procura por créditos já em 2026, desaparecendo por completo em 2027.














