Embora a indústria farmacêutica tenha evitado taxas mais elevadas, a nova tarifa continua a ser uma fonte de preocupação para a competitividade e os custos.

As empresas vinícolas europeias manifestaram-se "desapontadas" com o acordo, considerando "urgente" a eliminação da tarifa para "proteger um setor que gera prosperidade, sustentabilidade e conectividade". A ausência de uma isenção para o vinho, ao contrário do que aconteceu com a cortiça, foi vista como um revés para um dos produtos de exportação mais emblemáticos da Europa, que agora enfrentará maiores barreiras para competir no mercado norte-americano.

No setor farmacêutico, a reação foi mista.

Por um lado, houve um alívio significativo, pois a administração Trump tinha ameaçado o setor com tarifas que poderiam chegar aos 250%.

O recuo dessa ameaça e a aplicação da taxa geral de 15% foram recebidos com uma valorização bolsista de empresas como a Novo Nordisk.

No entanto, a apreensão mantém-se, uma vez que a nova tarifa representa um aumento de custos e um obstáculo adicional.

O diretor-geral da MSD Portugal, Mario Ferrari, afirmou que, apesar do contexto, a "estratégia de investimento em Portugal segue inalterada", mas reconheceu a complexidade do cenário.

A situação evidencia a vulnerabilidade destes setores às políticas comerciais e a importância de futuras negociações para garantir um acesso mais favorável a um mercado tão estratégico como o dos Estados Unidos.