A alemã DHL, juntamente com outros serviços postais, anunciou limitações temporárias nos envios para o mercado norte-americano para se adaptar às novas tarifas.

A medida, que entrou em vigor a 29 de agosto, aplica tarifas entre 80 e 200 dólares por cada artigo que anteriormente entrava no país isento de taxas se o seu valor fosse inferior a 800 dólares. O governo norte-americano justificou a decisão com o "crescimento desmesurado" das remessas postais, que passaram de 134 milhões em 2015 para mais de 1,36 mil milhões em 2024, e com a necessidade de "fechar uma brecha catastrófica utilizada, entre outras coisas, para evitar impostos alfandegários e enviar opióides sintéticos". Em resposta, a DHL informou que passaria a enviar para os EUA apenas encomendas de particulares declaradas como "presente" e com um valor até 100 dólares. Encomendas que excedam este valor, bem como pacotes de empresas, terão de ser enviadas através de um serviço rápido, que é mais caro.

A decisão da DHL foi seguida por outros operadores postais europeus, como os da Áustria (Österreichische Post), Bélgica (bpost), Noruega (Bring) e os sueco-dinamarqueses (Postnord), que também anunciaram limitações nos seus envios.

Esta reação em cadeia evidencia o impacto imediato da política tarifária norte-americana no comércio eletrónico e na logística internacional, afetando diretamente consumidores e empresas que dependem de envios de baixo valor para os Estados Unidos.