O acordo, que abrange setores chave como o automóvel, farmacêutico e semicondutores, foi recebido com nervosismo, provocando quedas nas bolsas europeias no dia do anúncio.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, expressou preocupação, afirmando que a tarifa média efetiva, estimada entre 12% e 16%, está “um pouco mais elevada”, embora “próxima”, das premissas utilizadas nas projeções do BCE.
Esta incerteza regulatória foi descrita por Mário de Sousa, CEO da Portocargo, como um fator que “vai dificultar e cria grandes dúvidas” na tomada de decisões empresariais, especialmente no que diz respeito ao planeamento de produção e transporte. A volatilidade levou associações industriais, como a CLEPA (Associação Europeia de Fornecedores Automóveis), a defender a implementação de um teto tarifário estável para garantir a previsibilidade necessária à cadeia de abastecimento. A medida é vista como um teste à resiliência das relações comerciais transatlânticas, com as empresas a serem forçadas a reavaliar os seus custos e estratégias de mercado para absorver o impacto das novas barreiras alfandegárias.














