Esta reconfiguração estratégica é visível em múltiplos setores.
Empresas portuguesas dos setores têxtil e do calçado, confrontadas com a instabilidade nos mercados tradicionais como França e Alemanha e as novas barreiras nos EUA, estão a explorar os mercados nórdicos como alternativa para diversificar as suas exportações.
A fabricante suíça Victorinox, famosa pelos seus canivetes, considera a possibilidade de iniciar produção nos EUA para mitigar o impacto das tarifas.
No setor do retalho, o Walmart alterou a sua estratégia de `sourcing`, expandindo as suas operações logísticas para o Vietname, onde as tarifas sobre as mercadorias são consideravelmente mais baixas (até 20%) do que as impostas aos produtos chineses (até 55%).
Na indústria automóvel, a Volkswagen Autoeuropa adotou uma abordagem proativa, focando o seu novo modelo elétrico, o ID.EVERY1, exclusivamente no mercado europeu, uma estratégia descrita como “anti-tarifas” para proteger a produção de Palmela. Estas movimentações demonstram uma tendência clara para a regionalização e a procura de cadeias de abastecimento mais curtas e resilientes, como forma de adaptação a um cenário geopolítico cada vez mais incerto.














