A situação é agravada pela aplicação de taxas adicionais sobre produtos específicos de aço e alumínio, que restringem fortemente o acesso ao mercado.
Segundo Rafael Campos Pereira, vice-presidente executivo da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), "as exportações diretas do setor para os Estados Unidos já caíram cerca de 15% no primeiro semestre do ano". Embora a exposição direta do setor ao mercado norte-americano seja de apenas 3%, existe um "potencial impacto negativo" significativo decorrente das exportações indiretas para mercados como o alemão, francês e italiano, que por sua vez exportam para os EUA.
A política comercial norte-americana não se limita à tarifa geral de 15%; aplica-se uma tarifa de 50% a muitos outros produtos de aço e alumínio exportados pelo setor.
Esta medida, segundo Campos Pereira, visa "proteger a indústria dos Estados Unidos em geral e alguns clusters em particular".
O responsável da AIMMAP sublinhou que mais de 57% das exportações do setor para os EUA eram constituídas por produtos de elevado valor acrescentado, como produtos metálicos, máquinas e equipamentos, baseados numa "relação de confiança dos parceiros americanos na qualidade, inovação e incorporação tecnológica das empresas do Metal Portugal".
A associação apela a que as negociações entre a Comissão Europeia e a administração Trump cheguem a bom porto para mitigar os danos.












